sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Jogar e brincar é direito de todas crianças


Texto escrito por @teo.pimenta

Jogar e brincar tratam-se de um direito da criança, são discussões que emergiram recentemente no ensino do esporte. Há inúmeras possibilidades de jogos e brincadeiras, entretanto, são poucas exploradas no processo de ensino e aprendizado do esporte. Poderíamos estimular o aprender a jogar jogando. Assim, fomentar discussões mais ampliadas e aprofundadas sobre a temática em questão se faz necessária, em especial, no ensino do esporte.

Jogos e brincadeiras sobretudo são fundamentais para o desenvolvimento saudável das crianças, no entanto, na medida que vamos avançando as etapas da vida, paramos de jogar e brincar, esta decisão pode acabar em acarretar danos emocionais na fase adulta. Culturalmente somos estimulados a levarmos tudo muito a sério, a brincadeira é algo proibido, quanta vezes ouvimos a frase: agora não é hora para brincadeiras. Sabemos que algo sério está por vir, mudamos nossa fisionomia e com brincadeira levamos a vida de forma mais leve e descontraída. Um filme que realiza uma reflexão importante sobre o lúdico, nos apresenta uma possibilidade de refletir sobre o lúdico, a relação do brincar e o desenvolvimento humano e que vale a pena assistir é o documentário Tarja Branca. 

Na escola temos a impressão que as crianças não estão por inteiras, por exemplo, por mais que o professor utiliza-se de estratégia lúdica, elas não estão brincando de aprenderem matemática ou português, nas escolas, especialmente as que se utilizam de métodos tradicionais, este momento não é para brincadeiras, o ensino de matemática e português reproduz a vida adulta. E quando as crianças saem para o recreio, estabelece relações, cria vínculos, interage com outras crianças e adultos, dialoga, debate, discute, cria e resolve conflitos. 

Certa vez observei, de longe, um diálogo entre duas crianças, uma delas se aproximando de um coleguinha e confidência que fazia algo errado, escondia seu brinquedo no bolso e queria o chamar para brincar escondido na hora do recreio. É importante refletirmos sobre essa questão, cada vez mais as crianças estão deixando de jogar e brincar no contextos atual, por imposição adulta na escola. As consequências podem ser irreversíveis e afetar as suas vidas significativamente, portanto, devemos refletir nossas atitudes cotidianas.

Jogar e brincar é de extrema importante para o desenvolvimento infantil, trata-se sobretudo de um direito social, proporciona momentos de aprendizado que poderá ser levado por toda a vida. De uma maneira geral, somos todos marcados pelos momentos significativos, nas vivências de jogos e brincadeiras, logo nos vem na lembrança as recordações dos amigos, ou seja, dos bons momentos que carregamos na memória, lembramos dos amigos que jogamos bola juntos, que brincamos de empinar um pipa, andamos de bicicleta, pulamos corda, enfim, que nos proporcionaram momentos significativos que não iremos esquecer jamais. 

O recreio, a aprendizagem informal, algo que não se mede, como jogar e brincar, para muitos, não é considerado como possibilidade de aprendizado, ou não enxerga como tal, mas ressaltamos, jogar e brincar, especialmente, para a criança trata-se de coisa muito séria e fundamental para o seu desenvolvimento. 

E muito dessa aprendizado informal não entra no currículo, aprende-se na hora do recreio, assim, muitos irão defender a instituição do recreio dirigido em todos as escolas, vamos com calma, o recreio é um tempo/momento da criança, neste caso este tempo deve ser um tempo exclusivo da criança, temos que ter um cuidado ao interferir nesse momento, o correto seria deixar a criança decidir entre brincar e jogar ou não brincar e nem jogar, devemos respeitar sua decisão o seu momento, porque, simplesmente, este tempo é dela, ela pode decidir brincar o tempo todo, se achar necessário. É importante respeitarmos e entendermos essa dinâmica, pois é extremamente importante para o desenvolvimento infantil. O adulto quando observa toda esse momento que a criança está brincando, não percebe que ela não está apenas brincando,  mas, também aprendendo e se desenvolvendo.

Por fim, nós professores devemos estimular e criar uma gama variada de jogos e brincadeiras para promover experiências as crianças, desta maneira, irão aumentar o vocabulário motor, a capacidade cognitiva, desenvolver a autonomia, liderança e habilidades psico-sociais necessária para uma vida saudável.


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