Por
trás de todo um conteúdo esportivo a ser ensinado, de fundamentos técnicos a táticos de determinadas modalidades há o trabalho de um profissional que atua como mediador e organizador destes conteúdos que serão ensinados.
Quando ensinamos para além das técnicas e táticas dos jogo, os alunos são capazes de entenderem e compreenderem os valores sociais que o esporte pode promover, o professor deixa de ser um mero transmissor do conhecimento e e passa a contribuir na construção do conhecimento ao aluno e assim, auxilia na formação social dos indivíduos.
A atual sociedade se
apresenta cada vez mais competitiva, da qual a derrota é quase que insuportável
aos atuantes do esporte, mas saber lidar com ela é algo necessário, pois faz
parte do esporte e sobretudo da vida .
Entretanto, quando analisamos a finalidade do esporte nos ambientes escolares, projetos sociais, e até em espaços de ressocialização, caso dos presídios, é perceptível que os professores irão buscar por meio do esporte um melhor convívio e interação coletiva dos participantes.
Mas como conseguir de fato êxito neste aspecto se o esporte, por si só, em sua essência, se apresenta competitivo, uma vez, que a disputa entre duas equipes anseiam-nos a querer vencer a qualquer custo? E como intermediar tudo isso?
É neste momento que o papel do professor é crucial para que o esporte seja ressignificado e reinventado aos que participam. Carol Dweck (2019) em seu livro “Mindset: a nova psicologia do esporte” alerta aos profissionais que ao estimular a seus alunos se referenciarem nos “melhores”, logo estará promovendo uma grande probabilidade de frustração futura, pois há diversas dificuldades para que consiga atingir no mínimo um mesmo nível de capacidade, seja ela física, tática, técnica, entre outras. Já quando o praticante foca em ser melhor que ele mesmo a cada dia, assim está desenvolvendo o poder do esforço. Para que quando ocorrer derrotas, o aluno não se martirize pelos resultados e sim se auto avalie sobre sua evolução ou regressão.
Repare, o esporte não perde sua essência, mas por meio de algumas medidas estratégicas do professor, exclusivamente, será possível mostrar novos horizontes a seus alunos. Ainda pensando neste sentido, é totalmente viável que os próprios alunos procurem um ajudar o outro eu seus progressos individuais, sem que haja o bullying, as brincadeiras ofensivas e até violências físicas, que embora, às vezes possa ocorrer, o professor deverá estar presente para de fato expor os objetivos do esporte ali praticado.
Assim,
o esporte amplia seu potencial e se transforma em uma ponte para atingir objetivos sociais na formação dos participantes. Toda essa construção de
ideias só poderá ser realizada, possível, por meio de diálogos constantes e sistematizados estrategicamente nas rodas de
conversas, que deve ser rotineira. O estímulo a buscar conhecimentos e a participação efetiva dos alunos todos juntos, isso, independente da idade, sexo, raça ou algum
outro paradigma social imposto pela sociedade.
Portanto,
quando ensinar o esporte, saiba que há diversos valores por trás desta prática
e que cabe aos professores apontarem os olhares dos alunos aos valores desejados.
Gabriel Silva é licenciado em educação física e idealizador
do Projeto Joga Mais que a partir da prática do
futsal procura contribuir na formação de crianças e adolescentes de Ubatuba/SP.
O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte.
Acreditamos no poder transformador do esporte
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