quarta-feira, 23 de setembro de 2020

O poder do brincar



Texto escrito por Gabriel Silva

"As melhores e mais belas coisas do mundo não podem ser vistas nem tocadas. Têm que ser sentidas com o coração". Helen Keller (2015, p. 63).

Você sabia que a população Dinamarquesa fora considerada a mais feliz do mundo por mais de quarenta anos consecutivos, segundo a OECD (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico)?

Quando investigado os princípios destes números tão significativos, fora descoberto que o brincar foi um dos principais fatores a estes resultados. 

Na formação das crianças, as brincadeiras são conteúdos de extrema importância no currículo escolar dinamarquês. Aliás, na maioria das escolas e colégios infantis disponibilizam 3 (três) horas por dia exclusivo a brincadeiras. Alexander Jessica (2017).

Só que um dos segredos deles não consiste em apenas aplicar atividades, eles prezam pelo desenvolvimento da autonomia, segurança e confiança dos alunos. Isto se dá por estratégias a deixarem os alunos a experimentarem e vivenciarem os demais tipos de situações dentro da brincadeira. Desde tentar e não conseguir realizar determinado movimento até terem que resolverem conflitos internos.

O professor, neste contexto deve ter a sensibilidade de entender o momento correto de intervir nestas situações. Por exemplo: uma criança quer subir numa árvore da qual faz parte da atividade colocada pelo professor. Quando o profissional interfere e de cara já apresenta outras possibilidades para o aluno subir a aquela árvore ou até pede para que não suba, estará inibindo a construção de um ser pensante além de não possibilitar ao aluno auto entender que não consegue e que é preciso pensar em alguma outra forma ou solicitar ajuda ao professor.

Estes são alguns dos princípios que os profissionais dinamarqueses utilizam para construir adultos seguros, confiantes a autônomos.

Neste sentido, o “brincar” não quer dizer tocar violino, praticar algum esporte ou ir a uma festa organizada por adultos. O termo remete em deixar a criança livre para fazer o que quiser, com amiguinhos ou sozinhos, como bem entender, por quanto tempo for. Alguns profissionais e até pais que permitem a existência deste tipo de atividade no fundo se sentem culpados de admitir. É que no fim das contas achamos que estamos sendo professores ou pais/mães melhores quando ensinamos  alguma coisa. Brincar muitas vezes parece desperdiço de tempo quando poderiam estar fazendo algo mais “produtivo”. Porém, é perceptível que as brincadeiras sobretudo, no contexto infantil trazem grandes possibilidades no desenvolvimento de pessoas mais felizes, segundo dados na Dinamarca. 

Portanto, foi perceptível o poder que a brincadeira possui na formação da criança. Claro que aplicar brincadeiras em excesso ou focar em apenas nisso não estará necessariamente construindo pessoas felizes, mas já estará no caminho certo e com uma grande estratégia nas mãos para promover conhecimentos de diversas disciplina por meio da ludicidade.

 

Gabriel Silva é licenciado em educação física e idealizador do Projeto Joga Mais que a partir da prática do futsal procura contribuir na formação de crianças e adolescentes de Ubatuba/SP.


O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte. 


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