Texto escrito por Gabriel Silva
Todo profissional que se preze deve conhecer as possibilidades do método a aplicar em suas atividades enquanto educador. Embora muitas vezes confundido com estratégias, a metodologia deve ser clara e sempre reanalisada com frequência para buscar êxito no processo de ensino aprendizagem.
A metodologia apresentada aqui é a “ativa” da qual de fato consiste em ativar o aluno ou o educando ao protagonismo das aulas de modo que o professor sai de cena e o aluno se torna o centro do aprendizado.
Metaforicamente falando, a metodologia ativa comparada a uma peça teatral busca que o aluno se torna o autor principal e o professor um telespectador. Assim como em um espetáculo, tão importante quanto o conteúdo apresentado é o educando se sentir peça viva e ativa no processo de ensino aprendizagem.
Mas então, como conseguir aplicar esta metodologia nas aulas?
O importante neste processo é que o conhecimento ocorra de maneira espontânea, isto é, que os alunos aprendam ao ensinar, aprenda de acordo com o compartilhamento das idéias dentro do contexto coletivo. Uma das possibilidades é estimular pesquisas em grupos, exposição de opiniões sobre determinados conteúdos apresentado pelo profissional (filmes, livros, séries, debates, entre outros), promover discussões com a turma, rodas de conversas, saber responder todos os alunos de maneira igualitária sem que menospreze suas visões. De maneira geral, os alunos devem aparecer mais que o próprio professor durante as aulas.
Valéria Vernaschi Lima (2016) relata:
As raízes da utilização de metodologias ativas – MA na educação formal podem ser reconhecidas no movimento escolanovista. De modo geral, são consideradas tecnologias que proporcionam engajamento dos educandos no processo educacional e que favorecem o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva em relação ao que estão fazendo. Visam promover: (i) pró-atividade, por meio do comprometimento dos educandos no processo educacional (p. 9).
Este tipo de método traz por objetivo, além de promover alunos mais participativos e autônomos a ideia de que quem ensina aprende mais daquele que apenas ouve, vê ou lê.
Partindo do pressuposto de uma das frases marcantes de Paulo Freire (1997) que diz: “quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender”. Logo se chega à reflexão que quando o próprio aluno ensina aquilo que aprendeu está fixando ainda mais o conhecimento em sua memória. De modo que o profissional se torna apenas um intermediário deste processo entre conhecimento e educando.
Portanto a metodologia ativa, mais que apenas uma maneira de ministrar as aulas é uma ferramenta que se bem administrada e aplicada pelo profissional pode estar no caminho correto para uma educação eficaz no que se diz respeito ao conseguir explorar o melhor de cada um de seus alunos.
Gabriel Silva é licenciado em educação física e idealizador do Projeto Joga Mais que a partir da prática do futsal procura contribuir na formação de crianças e adolescentes de Ubatuba/SP.
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