Texto escrito por Gabriel Silva
Na
atualidade, a única modalidade esportiva capaz de unir o sexo masculino e
feminino num único esporte é o hipismo. Sem restrição de categorias e regras o
hipismo também considerado esporte olímpico atende os dois gêneros sem
desigualdade ou desvantagens para alguns dos lados.
Já
em praticamente todas as outras modalidades há a separação entre meninos e
meninas, homens e mulheres, e a proposta é refletir quais as possibilidades de
haver a agregação entre os dois gêneros sem que haja vantagem ou desvantagem
para algum dos lados e quais as estratégias para o profissional de Educação
Física e da educação aderir para melhor conciliar este aspecto.
Pela
ótica da fisiologia, o sexo masculino possui maior aptidão física em relação ao
feminino. Por consequência a divisão das categorias são justas e indiscutíveis.
Entretanto,
a junção é totalmente possível desde que o profissional respeite as questões a
seguir: pensando principalmente em esportes de invasão ambos os sexos podem
atuar juntos até a puberdade, pela literatura esta idade pode variar entre oito
e 13 anos. A partir deste período os corpos começam adquirir proporções
diferentes de modo que inicia o diferencial masculino, no aspecto físico.
Mas
e dentro da escola e dentro de projetos sociais da qual tem como princípio a inclusão,
desta forma, julga-se ser importante a interação entre os alunos? Como
trabalhar isso?
O
esporte quando chega ao contexto escolar e em projetos sociais deve entrar com
uma configuração diferente em relação a clubes e formações de atletas. Neste
sentido Altmann
(2011), diz que o esporte pode ser apresentado enquanto lazer, saúde,
prazer e sociabilidade.
O
profissional da educação física se encontra como um dos principais intermediadores
desta questão entre gênero e esporte. São a partir de atividades em conjunto de
ambos os sexos que poderá iniciar uma ressignificação destes valores que o
esporte agrega e consequentemente esplandecer a importância da relação entre
meninos e meninas numa mesma atividade, seja um esporte, jogo ou brincadeira.
A uma
questão cultural importante neste questão, embora, em determinadas atividades julga-se
que os meninos irão apresentar maior habilidade ou maior capacidade física com
relação as meninas, no nosso entendimento bastas estimular ambos da mesma forma
que não haverá a ideia que o menino é melhor que a menina, vice e versa. Trabalhamos
para que o esporte seja seja uma ponte para a promoção da igualdade, assim, uma
prática esportiva saudável, de modo que todos possam participar de maneira igual.
Jogando o mesmo tempo, aprendendo os mesmos conteúdos, ou seja, tendo as mesmas
oportunidades. Participando com a mesma frequência e sentindo o gosto da
vitória e da derrota na mesma proporção.
Gabriel Silva é licenciado em educação física e idealizador
do Projeto Joga Mais que a partir da prática do futsal procura contribuir
na formação de crianças e adolescentes de Ubatuba/SP.
Ótimo texto, reflexivo e idealizador!
ResponderExcluirObrigado pela observação, a proposta é sempre esta msm: provocar a reflexão.
ExcluirObrigado pela leitura e feedback.
ResponderExcluirColocando uma pimenta neste angu: E os transgêneros? Era mulher e agora é homem ou vice-versa, vai atuar de que maneira? O corpo muda mas não tão significativamente, é super polêmico mas nossa sociedade nestes tempos atuais tem que trazer para o debate como lidaremos nestes casos. Parabéns Gabriel, muito boa sua reflexão. Abraço.
ResponderExcluirConcordamos com vc prof. Beto, é um tema muito complexo e que merece um debate mais amplo, para além da educação física. Obrigado pela leitura e sugestão de debate.
ExcluirProf, Beto, primeiro obrigado pelos apontamentos. Vale sim pesquisas sobre esta questão. Porém, quando utilizamos o esporte enquanto ponte social o conceito é o msm do citado no texto. Promover as mesmas oportunidades independente do sexo. Um abraço!
ExcluirMuito bom
ResponderExcluirObrigado pelo retorno da leitura.
ExcluirObrigado pela leitura!
Excluir