Texto escrito por José Martins Freire Júnior
De acordo com Costa e Nascimento (2004), o método global é caracterizado pela situação de jogo, por este motivo gera um alto nível de motivação. Com isso, alguns professores tentam justificar a utilização do jogo propriamente dito a todo o momento. Sendo assim, utilizar sempre essa possibilidade, ou seja, colocar apenas o modelo de esporte de alto rendimento nas aulas de Educação Física e permitir que os alunos exclusivamente só joguem, sem uma intervenção adequada e efetiva por parte do educador, poderá colaborar para que haja um aprendizado insatisfatório.
A singularidade dos indivíduos faz como que as salas sejam heterogêneas, portanto o ensino não pode ser homogêneo, sempre o mesmo, devido a diferença individual, uns aprendem só jogando outros não, sendo o método global amplo, que não se restringe ao jogo de forma acabada, o profissional dentro desse método em questão, pode criar variáveis que atendam o anseio de todos os discentes.
Para Barroso e Darido (2006) o esporte como conteúdo da educação física escolar possui muitas características que podem ser exploradas pelos professores e alunos. Diante disso, não devem ficar restritos aos movimentos e técnicas necessárias a prática esportiva e também não ter um olhar diferenciado apenas para os mais habilidosos, sendo assim é essencial ofertar condições a todos os alunos, independente das diferenças físicas e motoras.
Por vezes os professores pulam as etapas do aprendizado dos jogos esportivos coletivos e vão direto para o jogo, criando frustrações dos professores/técnicos e ainda formação de alunos dependentes, pois tais educadores não estimulam as reflexões dentro das práticas corporais propostas nas aulas. (VENDITTI JÚNIOR; SOUSA, 2008)
A dependência desse aluno se dá no campo de entender o novo, sendo que cada ação do jogo e da vida são inéditas, o deparar com o desconhecido é rotineiro, por tanto se o aluno/indivíduo não for educado em prol da autonomia versará no momento de tomada de decisão em situações que desconhece.
Castro, Giglio e Montagner (2008) apontam o jogo como uma ferramenta muito interessante para o aprendizado dos esportes coletivos, pois existem várias semelhanças funcionais, além de ter uma grande transferência do aprendizado para outras modalidades esportivas e para a própria modalidade objetivada.
Os jogos esportivos coletivos fazem parte da cultura do país e é um excelente meio para a formação dos cidadãos, nesse sentido a prática deve ser realizada de forma criteriosa, sadia e com objetivos claros (PIMENTEL; GALATTI; PAES, 2010). Por tanto o profissional de Educação Física tem que chamar atenção dos alunos para as práticas esportivas através de recursos pedagógicos diferenciados, que os motivem a participar das aulas de conteúdo esportivo (VENDITTI JÚNIOR; SOUZA, 2008).
O professor José Martins Freire Júnior é mestre em educação física e docente nos cursos de educação física da Escola Superior de Cruzeiro - ESC e da UNISAL/Lorena.
O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte.
Acreditamos no poder transformador do esporte.
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