Texto escrito por Téo Pimenta
O esporte foi um dos grandes fenômenos socioculturais do século 20, é importante ressaltar seu significado e relevância, em especial como ferramenta educacional, algo com grande potencial, assim, os métodos de ensino devem ser constantemente aprimorados e adequados para os locais de atuação do profissional.
Esta é uma discussão importante e que requer uma observação relacionada ao contexto de ensino, no entanto, nem sempre esta lógica foi seguida, gerando conflitos na organização do esporte, e questionamentos das funções pedagógicos e educacionais, estes são pontos centrais para a organização metodológica do ensino.
Em sua essência a prática esportiva reproduz uma lógica capitalista que apresenta ênfase na vitória, competição, consumo, alienação, agora pensamos como atingimos propósitos referentes a construção da cidadania, em muitos casos, são assuntos relegados a um segundo plano. É necessário refletirmos e dialogarmos sobre estas questões, pois, para o esporte ser destinado a fins sociais e educacionais deve ser modificado para tal.
A educação física vem trilhando um caminho neste sentido, desde a formação do profissional que irá atuar no contexto educacional, sobretudo dentro da contexto escolar, cabe destacar que esta perspectiva ainda vem sendo construída e a primeira atitude foi romper com práticas que tratavam o esporte como conteúdo exclusivo da educação física escolar, conforme observamos em outros períodos históricos. Documentos como o PCN (1998) e mais recente com a contestada BNCC (2018), fizeram que grande parte dos profissionais buscassem por práticas diversificadas no sentido corporal que proporcionem variação de movimentos e que possibilitem abordassem outros conteúdos em suas aulas.
Uma outra questão importante, no entanto, pouco debatida, diz respeito as instituições formadoras de professores, que deveriam estimular os profissionais a terem práticas mais aprofundadas e humanizadas, não formar apenas para atender o desenvolvimento das demandas dos aspectos técnicos da educação física, ou seja, devem formar para além desta perspectiva, não visando apenas as demandas do mercado de trabalho.
Faz-se necessário uma maior aproximação entre as instituições formadoras e as entidades públicas e privadas para um diálogo e formulação de projetos esportivos construídos a partir de bases didático-metodológicas, assim, em conjunto, construir métodos personalizadas, sistematizadas, organizadas, eficazes e eficazes que atendam as diferentes dimensões do esporte.
Não cabe mais, no contexto moderno, propostas que enfatizem a especialização precoce, processos de exclusão, práticas pedagógicas sem o devido aprofundamento científico, sem aprofundamento, ou seja, que restrinja o desenvolvimento humano.
Assim, devemos buscar novos sentidos para o esporte, seja no âmbito esportivo, social ou educacional, embora, acreditamos os valores não sejam desvinculados. Por fim, é papel das instituições e entidades estimular a construção de práticas metodológicas mais refletidas, organizadas e sistematizadas procurando romper com o autoritarismo e elitismo das práticas tradicionais de ensino, assim, norteando diálogos que possam se converter em projeto diferenciados, inovadores e sobretudo singulares.
Téo Pimenta é mestre, professor no curso de educação física da Faculdade Anhanguera de Taubaté e diretor do IEVALE.
O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte.
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