Texto escrito por Téo Pimenta
Neste artigo discutiremos a valorização e formação profissional do professor, observando modelos construídos a partir de propostas que priorizaram estes indicadores e melhoram significativamente seus índices educacionais, acreditamos que com a valorização e formação profissional, inicial e principalmente continuada, geraria impacto positivos no ensino do esporte, por este motivo vemos como pertinente debater esta questão.
No Brasil muito se discute sobre a valorização e formação dos profissionais da educação, no esporte esta discussão é quase que inexistente, embora para a melhora de qualquer serviço prestado ou metodologia a ser criada esta discussão deveria estar na pauta.
Valorização e formação profissional são indicadores, mas diríamos que foram regras básicas para os países com ótimos resultados em avaliação de desempenho global, caso dos países desenvolvidos como Canadá, Estônia, Cingapura, Finlândia, Japão e Dinamarca, para citar alguns exemplos. Modificar panoramas e índices negativos na educação, como no caso brasileiro, seria a partir de investimentos em propostas que girem em torno destes indicadores, assim, deve-se construir propostas que busquem a valorização e formação, tanto inicial quanto continuada, dos profissionais.
Observamos a crescente desvalorização dos professores da educação básica brasileira, comparando a remuneração dos nossos profissionais com relação aos professores de países desenvolvidos, o professor brasileiro recebe menos que a metade, se comparado a países locais os professores brasileiros ganham menos que Chile, Colômbia e México, e com relação as outras profissões dentro do país, o salário de um professor equivale a menos que 52% (ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO DESENVOLVIMENTO ECÔNOMICO).
Esta tarefa deveria ser iniciada pelos governantes brasileiros, urgentemente, no entanto, os resultados com educação são a longo prazo.
Estudos apontam que professores maus remunerados e desvalorizados tendem a não ser exclusivos na sua dedicação ao trabalho, assim, inevitavelmente possuem duplas jornadas ou outras atividades profissionais, inviabilizando a realização de um bom trabalho, do outro lado, profissões desvalorizadas tendem atrair pessoas de baixa qualificação, por exemplo, 20% dos estudantes de pedagogia não atingiram a nota mínima no ENEM, esta realidade não trata-se de uma exclusividade desta profissão, neste caso a educação física e outros cursos de formação profissional para a educação sente este mesmo ou semelhante impacto.
São questões complexas e que devem ser refletidas de forma aprofundadas, com vistas a viabilização de propostas mais amplas e efetivas que ataquem os problemas relevantes da educação brasileira, a profissão de professor precisa ser mais atraente para o jovem, em especial.
Desta forma, se pensarmos na formação vemos apenas a inicial, que está cada vez mais precária, e com relação a formação continuada de professores no país, este serviço é quase inexistente, assim como mencionamos acima, a valorização e formação deveriam ser regras para uma melhora significativa nos serviços prestados. Neste caso, as instituições deveriam se debruçarem na construção de propostas que buscam refletir os problemas emergentes e apresentarem ações efetivas e eficazes, em especial, nos que podem gerar impactos, diretos ou indiretos, sobretudo no ensino do esporte.
Assim, devemos seguir o exemplo dos países desenvolvidos que investem de forma sistemática na formação, por meio da promoção de palestras, debates, discussões, cursos, oficinas, workshops, ou seja, estimular a formação de profissionais competentes e capazes de melhorem suas atuações nos contextos de ensino, pois há o entendimento que a melhora na educação tem uma relação íntima e profunda com os indicadores como valorização e formação profissional.
Neste caso, para oferecermos e prestarmos um serviço de qualidade devemos seguir os exemplos dos gestores dos países desenvolvidos e nos debruçarmos em ações que possam melhorar os indicadores valorização e formação profissional.
Téo Pimenta é mestre, professor no curso de educação física da Faculdade Anhanguera de Taubaté e diretor do IEVALE.
O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte.
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