Texto escrito por Gabriel Silva
O que irá diferenciar estas duas práticas são as maneiras e as estratégias que o profissional do esporte desenvolve em seus ambientes de atividades. O ato de “jogar bola” está relacionado mais há um lazer e descontração, de modo que aos que participam praticam na maioria das vezes por prazer e por gostar. Sem aquelas responsabilidades táticas e técnicas.
Já, “jogar futsal”, remete a uma abordagem tecnicista, da qual consiste no profissional aplicar a modalidade seguindo rigorosamente suas peculiaridades e desenvolvendo em abundância principalmente aspectos táticos e técnicos.
No livro “futsal: e as descobertas do menino Gael”, em produção, o professor Damasco explica a seus alunos que para jogar futsal não precisa necessariamente ser em auto nível, mas é a partir dos estudos e aprendizados que se iniciam os conhecimentos de forma mais aprofunda nesta modalidade.
Entretanto, o esporte mais que praticar pelo desempenho também pode ser utilizado como ferramenta de Educação, socialização, respeito, e tudo isso se dá na maioria das vezes jogando bola, ao invés de se “jogar futsal”.
É o profissional, que pode ser o encarregado de resgatar atividades que no decorrer dos anos foram se perdendo e continua reduzindo. O famoso “golzinho” jogado 1 contra 1, dois contra dois, três contra três, “linha”, “rebatida” e “centroavante”. Todas estas atividades estão presente no “jogar bola”. Além de ser acessível a diversas realidades da qual o esporte é inserido: escolas, projetos sociais, clubes, é também uma possibilidade para apresentar a modalidade de uma maneira lúdica e mais divertida aos que praticam.
Até em equipes de alto rendimento se utilizam o “jogar bola” em seus cronogramas de treinamento. No tradicional “rachão”, quando ocorre até dos próprios profissionais atuarem juntos a seus atletas/alunos. Tudo isso é importante para construir um ambiente coletivo saudável.
Vale ressaltar que não existe um melhor modelo de aplicar o futsal, ou alguma outra modalidade que seja. São apenas propostas diferentes que dependendo do objetivo uma caberá mais que a outra. Marquinhos Xavier, atual técnico da seleção brasileira de futsal, relatou em seu livro Futsal: da formação ao alto rendimento (2017) que: “a diferença entre o remédio e o veneno está na dosagem”, ou seja, o que é ideal a uma realidade pode ser prejudicial a outra. Com isso, refletimos que o esporte deve ser sempre analisado pelo profissional para melhor entender e compreender o que seu público mais precisa. Uma prática voltada ao lazer ou ao tecnicismo? Geralmente o mais indicado é o equilíbrio entre os dois, mas não é uma regra.
Portanto, com a menção das principais diferenças destas duas práticas que embora as vezes não sejam perceptíveis ao profissional, a mensagem que trazemos é que dependendo da maneira que o esporte for apresentado poderá tanto promover sentimentos de identificação quanto desgostos dos educando a modalidade especifica. Mais importante que aplicar o futsal é saber como o aplicar.
Gabriel Silva é licenciado em educação física pelo Centro Universitário Módulo e idealizador do Projeto Joga Mais que a partir da prática do futsal procura contribuir na formação de crianças e adolescentes de Ubatuba/SP.
Gabriel.sv.ubatub@hotmail.com
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