Texto escrito por Gabriel Silva
Recentemente, Rafael Nadal venceu pela 13° vezes o Rolland Garros, para se ter uma ideia do quanto significativo representa esses títulos, Guga, o maior ídolo brasileiro no tênis, que tanto orgulho deu ao país, além de ser referência mundial, conquistou em sua carreira 3 títulos de Rolland Garros (1997, 2000 e 2001). Assim, Nadal atingiu um patamar quase que impossível, apesar de atualmente ser apenas o número 2 do mundo, atrás de Djokovic.
Imigrando para o basquete, também recentemente Lebron James chegou a sua 10° final de NBA. Oito foram disputadas em sequência. Número este assustador. Além disso, é o maior pontuador, o jogador com maior número de vitórias, com o maior número de roubadas e também de cestas convertidas. A cada partida Lebron bate uma série de recordes, o craque tem mais finais do que muitas equipes da NBA.
São marcas que certamente ficaram para a história do esporte, porém além desses astros, quantas crianças não tentaram ou tentam chegar no patamar que estes atletas citados chegaram? No Brasil é comum a criança ter o sonho de ser jogador de futebol como o Neymar. Muita das vezes apoiada pelos pais, familiares e principalmente professores e treinadores. Por isso, a reflexão que trazemos vai no sentido de que: até que ponto temos benefícios em alimentar estes sonhos nas respectivas crianças?
Quantos atletas tem como referencial astros como Rafael Nadal ou Lebron James no esporte no Brasil? Um a cada 100 anos? Um a cada 1 milhão? Felizmente ou infelizmente esta é a realidade do esporte. E qual será o papel do profissional da Educação Física neste processo?
É importante o professor incentivar e motivar o aluno ao caminho do alto rendimento se o mesmo desejar, porém, é crucial que seja sempre refletido junto ao mesmo que as chances são poucas. Essa é uma medida para minimizar uma frustração futura do atleta caso não venha conseguir. Como diz um ditado popular: “quanto maior a altura, maior a queda”.
Seja no contexto escolar, projeto socioesportivo, clubes de treinamento estímulo desde a infância a buscar como carreira esportiva é totalmente compreensível, mas desde que conciliado com uma formação educativa por intermédio do esporte. Por isso, que os objetivos da prática devem ser revistos com frequência pelo profissional.
Ao invés de apresentar ícones esportivos como referência, o ideal é que o próprio aluno/atleta se auto referencie e busque evolução com base em seus próprios rendimentos. Ou seja, ser melhor a cada dia e não melhor que os grandes ídolos esportivos. Esta é mais uma estratégia para que a formação ganhe sentido, não seja temporária e sim definitiva na vida do educando, já que o esforço será o condutor do mesmo e não uma vontade insaciável de conseguir igualar os grandes astros do alto rendimento.
Portanto, abrimos aqui mais uma importante reflexão a vocês professores, atuante no ensino do esporte, formador de pessoas, no sentido de observar como devemos agir nestas situações quando o esporte é uma possibilidade de carreira.
Gabriel Silva é licenciado em educação física pelo Centro Universitário Módulo e idealizador do Projeto Joga Mais que a partir da prática do futsal procura contribuir na formação de crianças e adolescentes de Ubatuba/SP.
prof.gabrielsilva@outlook.com
O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte.
Acreditamos no poder transformador do esporte
Você que compartilha dessa ideia, siga o IEVALE nas redes sociais, compartilhe nossos conteúdos e contribua para juntos avançamos no diálogo sobre o esporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário