sexta-feira, 23 de outubro de 2020

As perspectivas para o ensino do esporte


Texto escrito por Téo Pimenta

Quando pensamos em ensino inovador, o que imediatamente nos vem a mente, algo que esta mais propagado no contexto atual, no entanto, não fazemos a devida avaliação se o que esta sendo apresentado é pertinente ao meu contexto de ensino ou atende meu objetivos e metas pedagógicas. 

Na maioria das vezes propostas relacionadas ao ensino híbrido, que muitos dizem ser inovadoras, nada mais são que propostas que buscam realizar uma junção entre a teoria e prática, alinhado com a utilização da tecnologia no ensino, não traz nada de inovador.

Vale destacar que muitos professores estão numa busca constante por ideias inovadoras que aliem teoria e prática, inovação no sentido de boas práticas que potencializem aprendizado do seus alunos. Procurando desenvolver propostas que visem uma maior participação dos alunos, provocando estimular engajamento dos aprendizes nas suas ações pedagógicas, estes são sempre desejos de profissionais comprometidos.

Nos deparamos com inúmeras técnicas que visavam o desenvolvimento do aluno como ser participativo, entendendo que há diferentes formas de aprendizado, assim, as metodologias ativas podem ganhar um sentido, desde que tenha o aluno como um elemento central do processo de ensino-aprendizagem e o professor como parte da metodologia, incumbindo-se de mediar, organizar, supervisionar e orientar o aluno dentro de todo esse processo, acompanhando-o.

Com a pandemia e a necessidade do isolamento social, emergiu o desafio dos professores em dar sequência de forma remota nas ações pedagógicas, houve a necessidade de utilizar os recursos tecnológicos, surgir dificuldade e adaptação ao longo do processo está dentro de uma normalidade, entre acertos e erros, os professores foram descobrindo os caminhos e construindo estratégias de interação com os alunos. Surgiram situações de diferentes níveis de dificuldades e complexidades, os professores se adaptaram rapidamente, assim, cumpriu seu papel de motivar e estimular os alunos a se descobrirem neste momento delicado.

No processo observou-se o desenvolvimento do aluno, a construção de habilidades e competências individuais e coletivas fundamentais para o contexto atual, coube aos professores criar oportunidades dos alunos se desenvolverem de forma colaborativa, estimulando habilidade como autonomia e liderança nos alunos.

Acredita-se que o aluno deve ser o responsável da construção do conhecimento, tendo o professor como um elemento facilitador. Ao professor cabe refletir o como conseguimos estimular uma cultura do aprendizado. É importante ressaltar que o professor cria o problema, cabe o aluno de forma colaborativa identificar os caminhos, situações e as respostas são individuais e diferentes frente ao problema apresentado. 

Neste caso, um exemplo ilustrativo, o professor apresenta um problema e o aluno tem que resolver o problema, no entanto, deve existir uma interação com o conteúdo que o aluno aprende, neste caso. As metodologias ativas, mencionada com certa frequência neste Blog, possuem estas características, podendo ser a partir de problemas, os alunos procuram buscar por possíveis resoluções, esta é apenas um exemplo de como podemos explorar esta possibilidade metodológica. 

Aos professores cabem, de forma estratégica, estimularem o protagonismo dos alunos, supervisionam todo o processo de ensino e aprendizado, e o mais importante, propagar cultura do aprender a aprender a todos os envolvidos, utilizando-se da tecnologia como meio, uma das suas aliadas no processo.


Téo Pimenta é mestre, professor no curso de educação física da Faculdade Anhanguera de Taubaté e diretor do IEVALE. 


O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte. 

www.ievale.com.br


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