Texto escrito por Rubens Costa
Qual o peso do componente psicológico no esporte de combate? Quanto pesa em relação aos demais elementos clássicos do rendimento esportivo como o físico o técnico e tático?
Esta é uma usual pergunta que, frequentemente, ouvimos de pessoas ligadas ao esporte quer treinadores, profissionais em geral, jornalistas, entre vários outros.
É uma interessante questão que continuamente temos contabilizado respostas, oriundas daqueles únicos que têm a primazia e o saber de tê-las obtidas através de suas vivências, eles, os lutadores. Analisando as respostas obtidas de atletas de diferentes estágios de desenvolvimento esportivo, quer nacional, quer internacional e sob o critério eminentemente numérico, encontramos um grande intervalo entre os extremos. Habituei ao longo do tempo de minha atividade profissional, classificar em grupos estas respostas, de centenas de atletas que tenho trabalhado, adicionando informações coletadas através de artigos e intercâmbios com outros profissionais da área de Psicologia do Esporte e do Exercício.
A grande variância destas respostas se justifica na medida em que o peso do fator psicológico está intimamente atrelado, principalmente, ao conjunto de habilidades psicológicas esportivas destes atletas. Além de seus estágios de desenvolvimentos nesta área, os relacionamentos com a equipe, a frequência, intensidade e o grau de controle de suas emoções, e de seus comportamentos desafiadores durante competições de elevado nível técnico.
Quais são estes grupos de respostas?
Bem, há o grupo daqueles que creem fortemente que o componente psicológico tem uma influência de 30% no seu desempenho esportivo seguido por outros grupos de 40% de 50% de 60% de 70% de 80% de 90% e de até100%.
Por outro lado encontramos também atletas que preferem sair do critério numérico e de difícil mensuração, substituindo pela forma analítica e descritiva. Para este grupo encontramos diversas avaliações, onde destacamos as mais significativas:
“Para mim é tudo, nada adianta meu físico minha técnica e tática se minha cabeça não estiver bem no dia da competição.”
“Tudo vem a perder se não controlar minha mente.”
“No dia da luta tem que controlar a pressão.”
“Já perdi luta com meus pensamentos destruidores.”
“Já perdi luta por estar super nervoso e muito ansioso.”
“Já ganhei luta com o meu psicológico equilibrado.”
“Não posso entrar numa competição com dúvidas, assim tenho que me preparar psicologicamente para isto.”
“Tem que ter confiança para repetir em luta tudo que treino.”
“Nada de ficar negativo com relação a mim mesmo.”
“Sinto que estando preparado emocionalmente, tudo fica mais fácil, pois passo a confiar em minha capacidade.“
“Tenho que pensar positivo sempre, preciso de treino psicológico para me ajudar.”
“Tenho que concentrar naquilo que devo fazer para impor minha superioridade técnica.”
“A parte psicológica é super importante, tenho que ficar ligado na luta, pois qualquer distração, já era.”
“Preciso sempre pensar positivo e sobre o que devo fazer.”
“Preciso estar feliz no dia da competição, a preparação psicológica me apoia”.
“Tenho que sentir melhor comigo mesmo cada vez mais, assim a parte psicológica ajuda a competir bem.”
Podemos dizer com segurança, que não há um percentual único e exato do peso do componente psicológico em competições, mas também afirmar com 100% de certeza que um atleta que se apresentar de forma desequilibrada em seus aspectos psicológicos, terá 100% de probabilidade de que não conseguirá produzir esportivamente tudo que sabe e treinou.
Rubens Costa é Psicólogo do Esporte e do Exercício, Bacharel em Administração de Empresas, Escritor e Palestrante. Atua profissionalmente atendendo atletas e público em geral. Lançou em julho de 2020 o livro ISOLE O SEDENTARISMO, VENCENDO O MONSTRO SOFÁ-BOMBA. isoleosedentarismo@gmail.com
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