Texto escrito por José Martins Freire Júnior
Para que o profissional de Educação Física possa diversificar a sua prática docente no ensino do esporte, se faz necessário conhecer e entender, os diferentes métodos, estratégias e princípios voltados para o ensino do esporte, com isso esse texto irá discorrer sobre os Estilos de Ensino voltados para a reprodução.
De acordo com Heine, Carbinatto e Nunomura (2009), o estilo de ensino Comando (A) é apontado como uma ferramenta importante para o ensina habilidades motoras possui algumas vantagens como: objetivos claros, a aquisição das habilidades é realizada de maneira específica, eficiência na organização do grupo e no tempo de execução das atividades. Neste estilo os alunos sentem-se seguros por saber o que, e como irão desempenhar as atividades, sendo assim o professor determina tudo, ou seja, o volume, o ritmo, a intensidade e com isso não abre espaço para a criatividade individual e autonomia dos alunos.
No estilo Tarefa (B) é esperado que os alunos executem a tarefa conforme um modelo, mas existe a possibilidade de que estes alunos tomem decisões relacionadas ao domínio físico, ordem das tarefas, tempo de início, velocidade e ritmo de execução, dentre outros (GOZZI; RUETE, 2006). Sendo assim, este estilo está ligado à situação pedagógica, na qual o professor apresenta uma tarefa à turma, mas que pode ser realizada de acordo com o padrão de desempenho de cada aluno, ou seja, o aluno conhece seus limites, pode escolher o número de vezes, a duração e intensidade que conseguir superar, ou seja, respeita-se a individualidade do aluno (HEINE; CARBINATTO; NUNOMURA, 2009).
Krug (2009) afirma que a interação social entre os pares e os possíveis feedbacks proporcionados pelo par sob supervisão do docente, estão relacionados ao estilo Recíproco (C). Neste estilo, é importante ressaltar que o retorno dado pelo par está embasado em uma ficha construída pelo professor, que os auxiliará na execução e na observação das tarefas.
De acordo com Gozzi e Ruete (2006) no estilo Auto checagem (D) a retroalimentação deixa de ser dada pelo professor ou por outro aluno e passa a ser responsabilidade do próprio aluno, buscando assim este tenha mais poder de decisão.
No que se refere ao estilo Inclusão (E), pode-se dizer que são planejados vários níveis de dificuldade com a intenção de incluir todos os alunos, ou seja, ao explicar a atividade o professor comentará sobre as opções possíveis, isso permite ao aluno fazer uma reflexão e escolher o desafio adequado à suas características. Dessa maneira, o aluno aprende a avaliar as opções e quando está pronto para partir para um outro nível (KRUG, 2009).
Como pode-se perceber, existem diferentes estilos de ensino que podem colaborar para diversificar a prática docente do profissional de Educação Física e ainda pode favorecer a formação do praticante em diferentes perspectivas.
O professor José Martins Freire Júnior é mestre em educação física e docente nos cursos de educação física da Escola Superior de Cruzeiro (ESC) e da UNISAL/Lorena.
O Instituto Esporte Vale atua na formação de profissionais competentes para o ensino do esporte.
Acreditamos no poder transformador do esporte.
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